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MEU DOCE MISTÉRIO
Rubia!
Ontem foi um sonho, o
sonho mais lindo que um ser humano possa sonhar!
Você foi a minha
ressurreição, quando a minha alma se encontrava no abismo da morte!
Você foi a minha
esperança, quando eu me encontrava no mais pavoroso desespero!
Você foi a minha força,
quando eu estava demasiado fraco!
Você foi a minha maior
alegria, quando tudo à minha volta se resumia num oceano de tristezas!
Você foi a minha maior
inspiração, quando tudo à minha volta era cinza, frio e escuro!
Você foi o sonho
dourado e divino da minha vida e, acordar desse sonho, significa simplesmente o
maior pesadelo da minha existência e o abismo do nada, um vazio que nada, nada
poderá preencher!
Rubia!
Eu a amei, um dia, mais
que a minha própria vida, sendo você, a metade perfeita de minha própria alma!
Você, Rubia, minha doce Rubinha, era tudo pra mim; minha vida, meus sonhos, meu
maior projeto, meu mundo, meu tudo!
Olha Rubia, eu sei que,
num passado longínquo, poético e marcado pelos sonhos de amor, eu amei alguém, que
a minha profunda intuição diz ser você, amando-a com um amor que foi capaz de ir além da morte, além do tempo, além das
dimensões da vida e das barreiras da evolução espiritual; um amor que atravessou
os séculos e ficou guardado no mais recôndito de meu espírito, no mais profundo
de minha alma!
Ah Rubia!
Teria eu imprimido a
imagem desse alguém que amei mais do que o amor é capaz, no desenho que fiz,
julgando ser você, desenho este que está na parede do meu quarto?
Teria eu feito a imagem
desse alguém que a minha alma procura, desse alguém que é a minha verdadeira
metade?
Terá sido este amor
somente um sonho bom? Terá sido somente o sonho profundo de viver um grande e
eterno amor, coisas de um coração extremamente poético e sonhador? Seria alguém
que eu ainda não amei, mas pela qual morreria literalmente de amor, por ser o
meu tipo perfeito? Impossível, pois se fosse tão somente isto, ter-se-ia apagado
há muito mais tempo e jamais, jamais mesmo, teria tamanha intensidade, a ponto
de desejar até mesmo a morte, por causa de tua ausência!
Rubia!
Você foi o meu doce
mistério, o meu paraíso, a minha própria vida, sem a qual, resta somente a
morte de metade de minha alma, quando não de toda ela! Este é um mistério do
passado Rubia, estou certo disso! Como disse, certa vez, uma dupla de
compositores: “diz pra mim, se é você, esse alguém que eu tanto quero. Eu
preciso descobrir, se é você, meu doce mistério...” Faço destas, as minhas
palavras! Você, Rubia, foi o meu
doce mistério!
Enquanto escrevo essas
tristes palavras, minha pobre e desolada alma, derrama lágrimas de sangue,
tamanha a dor que a dilacera! Eu preciso do teu perdão, minha linda, o mesmo
perdão que o Cristo ensinou e deu o exemplo na cruz do calvário! Peço teu perdão,
por possivelmente ter confundido você com outra, com a imagem que projetei!
Durante algum tempo,
alimentei a profunda esperança de que és tu mesma, aquela que está na parede do
meu quarto, com quem eu sonhei todas as noites! Eu preferiria a morte, a
magoar-te, minha linda, ainda que sem querer! Peço-te perdão por tudo isso!
Sei que a minha
existência, na maior parte dela, foi marcada por negras tempestades, que
varreram para longe os meus sonhos mais preciosos. E você, Rubia, foi o maior
de todos os meus sonhos!
Não quero dizer-te
adeus, mas até um dia, quando a corrente da evolução espiritual verdadeiramente
iluminar a minha alma e libertar-me definitivamente de todas as ilusões e me
transformar num Novo Homem, o qual sonhei e sonho ser para você, assim
como Krishna o é para Radha, o casal divino!
No tempo em que vivi ao seu lado, desfrutei uma felicidade conhecida apenas
no paraíso celeste. Quero expressar a minha eterna gratidão por tudo de
maravilhoso que você me proporcionou e representou para mim! Você foi minha
doce mãezinha, minha amiga mais querida e fiel, minha irmã mais velha, cheia de
sabedoria e experiências e minha namoradinha encantada! Você deixou sua marca
eternamente em minha alma e eu nunca, nunca mesmo, a esquecerei, passe o tempo
que passar, mesmo depois de superar a dor suprema que dilacera a minha alma,
você será sempre a lembrança mais doce e feliz que eu quero ter! Em minha alma,
ficarão as lembranças das fogosas tardes de outono, quando brindávamos a vida e
a felicidade; as noites de luar, como que pintura de romance e as nossas
canções! Cada rua que eu passar, cada praça e jardim, com suas rosas vermelhas,
me trarão uma lembrança sua! Ainda que estejamos nos separando agora, não direi
adeus, mas até um dia, quando nossas almas encontrar a verdadeira paz que há de
nos libertar para sempre, na eterna bem-aventurança! Amo-te hoje e enquanto
existir, meu eterno e grande amor!
Laroyê Rubia! Salve a minha doce Rubinha!
Helio dos Santos Pessoa
09/11/2012
Vídeo de autoria de Teresa Gomes, editado em seu canal do YouTube.
URL do canal: http://www.youtube.com/user/Teka42?feature=watch
URL do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=NmKVA4yHuhU
...encantador. Denso. Profundo. Só quem ama entende. Parabéns.
ResponderExcluirObrigado nobre amigo Marcos! Paz e Luz!
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