meu coração pra você

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A INCONTIDA DOR DE UMA SAUDADE











A INCONTIDA DOR DE UMA SAUDADE



Rubia!

Em toda esta saudade que ficou, vem as lembranças dos momentos inesquecíveis ao teu lado, os momentos mágicos, toda aquela intensa felicidade e o máximo prazer de tua doce companhia! Ficou, também, a dor de tua ausência! Ah! Eu a amei tanto, como nem podes imaginar! Foi amor verdadeiro, como jamais amei alguém assim em toda a minha vida! 


A nossa separação, ainda que temporária, dilacera a minha alma ao extremo, consumindo-a no fogo da dor da saudade! A minha vida mudou muito bruscamente, pelo  violento golpe do destino, como se um furação arrasasse tudo, que quase destruiu minha vida! Foi tudo tão rápido! Éramos tão felizes, tínhamos tanta paz, mas a tempestade que veio trouxe grandes mudanças, sérios obstáculos às nossas festividades de outrora que, receio, não podermos nunca mais desfrutar daqueles momentos tão mágicos, tão sublimes e encantadores! As vezes penso que esta escuridão, estes horrores, este pesadelo horrível, ainda está longe de acabar! Não posso precisar o fim dessa grande tribulação em minha vida!



Rubia!

Quero que saiba de uma coisa e, por favor, imploro-te, nunca se esqueça disto! Eu a amei mais que a minha própria vida, mais que minha própria alma e, se tudo o que passamos juntos, os melhores momentos desta vida, significou alguma coisa para você, guarde isto com você, como um tesouro preciosíssimo em teu coração e lembre-se de mim, para sempre! Pois saiba que nem a morte, nem a dor, nem as mais horríveis aflições desta vida me farão esquecer de ti e eu a guardarei em meu coração e minha alma como a melhor coisa que já aconteceu em toda a minha existência! Não sei o que o destino nos reserva Rubia, mas suplico-te, por favor meu anjo lindo, cuida-te querida, cuida-te! 


Lembre-se de tudo quanto lhe disse a respeito dos mistérios da existência, das batalhas da vida, dos ciclos cósmicos, enfim, de todas as nossas conversas, guarde isto com você a sete chaves, pois isto poderá guiar-te com maior segurança na vida! Sei que não precisaria lembrar-te, pois sabes disso muito melhor do que eu; curta a vida, os festejos, mas sem apego a isto! Cuide de tua beleza, mas jamais se apegue ou se identifique com as aparências! Amo-te de todo o meu coração e quero ver-te sempre e sempre feliz e em paz! Lembre-se de tudo quanto lhe disse! Procure não sofrer minha linda! Aguardo uma nova vida, uma vida milhares de vezes mais equilibrada, na qual estarei muito mais maduro espiritualmente e então, encontrar-nos-emos novamente! Nos vemos nas esquinas da vida, meu eterno e grande amor!



Hélio dos Santos Pessoa

08/01/2012


 
Vídeo de autoria de rcmariz, disponível em seu canal do YouTube



 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

MEU FUTURO DO PRETÉRITO










MEU FUTURO DO PRETÉRITO

Numa longa estrada sombria, vem surgindo alguém, um vulto, uma sombra do passado, no escuro reverso e no abismo do tempo! Andou por caminhos quase infindáveis, vales escuros e trás na alma as lembranças de um distante passado glorioso e feliz! Vagou por mundos longínquos, estranhos, deixando seu mundo, seu grande amor e seus sonhos dourados para trás, vivendo em total solidão! Experimentou o desespero, os horrores de um nada, quando não podia divisar nenhuma perspectiva, nenhuma esperança de um futuro melhor!

Em sua mente perturbada pelas emoções, siciada pela extrema saudade, um suave e delicado rosto do passado se desenha, um belíssimo rosto feminino, de uma beleza jamais vista em todos os mundos. Este rosto angelical ficara gravado em sua mente, juntamente com seu nome, Rubia, talvez, para a eternidade! Jamais o esquecera e, nos momentos de maior escuridão, de profundo desespero, de incertezas, era este rosto divino, com seu meigo sorriso e doce olhar, que era a sua estrela guia.

Há longos anos partiu, sozinho, deixando para trás toda uma história de vida! No mundo para o qual fora destinado, encontrou muitos irmãos com os quais partilhava a mesma sorte, naquele vale sombrio, desolado, esquecido por Deus e pelos homens, num terrível e doloroso recomeço de sua existência! As lembranças de seu passado trazia-lhe dores atrozes, que dilaceravam-lhe a alma quase apagada! A vida feliz, a saudosa pátria distante, os amigos e familiares que deixara e, sobretudo, seu grande e eterno amor, eram lembranças que lhe torturavam profundamente! O recomeço foi mais terrível que a mais terrível das consternações, mas a graça do esquecimento temporário, pelos vários renascimentos, o fez, aos poucos, se adaptar à nova condição!

Mas...e aquela a quem amou mais que a sua própria vida, Rubia? Onde estaria? O que estaria fazendo da vida? Estaria vivendo com outro alguém? Terá ela o esquecido? Ou viveu, por longo tempo, a chorar pelo seu grande amor que partira, naquela noite triste, escura e cinzenta? Mesmo a lembrança instintiva dela, persistiu, por um tempo, mas depois, se “apagou”, ficando relegada à mais profunda memória de seu espírito! O mesmo se pode dizer deste pobre homem, triste sombra de um passado de glórias!

Em sua peregrinação a este mundo distante, enfim, fez novos amigos, companheiros de destino e de jornada, tendo muitos, integrado sua nova família! Longos, longos anos se transcorreram, entre novos companheiros e companheiras e, nesta conjuntura, com a suave carícia de uma amizade, surge uma nova paixão! Amou este homem a esta nova mulher em sua vida? Sim, amou, mas seu espírito profundamente agitado pelas sensações do passado, qual lago abatido por violenta tempestade, nunca se esquecera, de verdade, de seu único e grande amor, Rubia! A nova paixão, talvez, fosse mais uma companheira, que propriamente um amor, nos momentos de desventuras, uma companheira de lutas.

Longas noites se passaram, longos e rigorosos invernos e um mar de agitações findavam. Contudo, seu espírito amadurecera, tornara-se mais sábio, muito mais experiente e manifestava, já, o brilho de sua centelha divina. O rigoroso inverno e o exílio estava chegando ao fim e um novo sol já despontava, anunciando a chegada de uma nova primavera! Reencontrará ele o grande amor de sua vida, a Rubia? Ou construirá uma nova história ao lado daquela que encontrou, com quem viveu todos os momentos, a qual fora sua companheira nas lutas e desventuras? Isto, só o tempo dirá! O que importa, no mais profundo de sua alma, ainda que inconscientemente e, mesmo que não a reencontre nunca mais, é que Rubia esteja realmente feliz e em paz, para toda a eternidade, pois ela marcara sua vida, talvez, para a eternidade!


Hélio dos Santos Pessoa

12/10/2012




Vídeo de acervo histórico e arquivo da atriz LUCÉLIA SANTOS, pela Equipe de filmagens e telenovelas da Rede Globo de Televisão.

Editado no Canal do YouTube interligado ao site da atriz Lucélia Santos. www.arquivoluceliasantos.com


URL do canal: http://www.youtube.com/user/arquivoluceliasantos?feature=watch


Link direto do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=odz_Xp0oBX8
 



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

EU ACREDITO EM VOCÊ (I BELIEVE IN YOU)

 
Vídeo de autoria de Claudio Peralta, editado em seu canal do YouTube:

URL do canal: http://www.youtube.com/user/claudinho673

URL do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=bE2jC-Brdho






Esta belíssima música, do cantor internacional Stryper, me trás lembranças extremamente fortes de Rubia; lembranças daquela tarde de outono do dia 22 de maio de 2011, dia que marcou a minha vida, no meu reencontro com Rubia!

Ao doce som dessa música, curti os melhores momentos ao lado daquela a quem amei mais que a minha própria vida, quando, muitas vezes, festejávamos a vida, ao sabor de vinhos tintos suaves e doces champanhes. Foram tardes inesquecíveis, nas quais o amor deixou sua marca profunda em minha alma sonhadora e poética! Rubia é o doce nome que carregarei em minha alma por séculos e, talvez, para o resto da eternidade!

 


AMOR CIGANO - POR VIVIANE RIBEIRO









AMOR CIGANO
 
A noite clara, vinho, fita e seda
A labareda alta, ouro e flor
O violino, palmas, lua cheia
A saia, renda, lenço, incenso, ardor
Roda morena em torno da fogueira
A vida inteira gira em prata e cor
Rosa cigana, vira volta e meia
Mas à espreita, observa o amor
E o rapaz, de olhos fogo e desejo
Tomou cigana rosa pela mão
De dança em dança pôs seu corpo em brasa
queimou pra sempre o seu coração
- alvorada já é hora de ir embora,
outro chão sou da estrada
conta a lenda,reza a tradição
sem morada
essa vida é despedida,
viração caminhada
rumo ao nada, rumo à imensidão
chora essa terra
a sorte da cigana
que deixa o sonho, deixa o seu amor
Desmancha a tenda, segue a caravana
Pro mundo afora sangra a rosa flor
- Ó Santa Sara que venceste os mares
Ó Santa Sara que venceste a dor
Me guia, Sara, não me desampares
Me ensina como que se vence o amor...



Poema de autoria de Viviane Ribeiro


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

UM DIA JUNTOS









UM DIA JUNTOS

Um dia, num passado distante, o amor floresceu nos jardins secretos da alma de um jovem poeta e sonhador! Foi na antiga e poética Espanha, onde, numa vila pequenina, nasceu a mais rara e bela dentre todas as flores! Era o começo de uma história que mudaria a vida desse jovem para sempre. Foi amor à primeira vista! Tudo começou com uma troca de olhares e sorrisos recíprocos, expressões da alma, quando esta percebe sua metade! 

Numa tarde de outono, num momento mágico, este jovem abriu a janela de sua alma àquela moça de raríssima beleza, com palavras doces, revelando a ela a sua paixão. Sim, a moça de beleza jamais vista, cujo nome é Rubia, roubara o coração desse pobre sonhador. A intuição desse passado longínquo, diz ser ele o elegante e belo Raul. Estiveram juntos, o rapaz e a moça, por toda aquela tarde, nas praças e jardins, trocando juras de amor eterno! Rubia se tornara, desde então, a flor mais bela e preciosa do jardim de sua alma. Ali se iniciara uma história de amor marcada pelo destino! Ela se tornara parte da alma desse moço! Juntos caminharam, de mãos dadas e olhares apaixonados! Nos bancos românticos de um dos jardins, o amor fora consagrado, no beijo mais emocionante e inesquecível, que ficou registrado na memória do jovem Raul, para sempre!

Por um momento na história da existência, um dia juntos, ambos foram intensamente felizes! Se é verdade que o propósito da vida, no final da história, é a felicidade de todos os seres vivos, naquele dia, a vida cumpriu o seu objetivo sagrado, pois se existe a possibilidade, nesta existência, das pessoas seres verdadeiramente felizes, isto realmente aconteceu, com toda a intensidade! 

No entanto, o mesmo destino que une vidas, separam-nas novamente, ainda que momentaneamente! Um triste acontecimento, uma trágica sina, ceifou aquela divina e meiga flor, separando-a daquele jovem, deixando em sua pobre alma, um imenso e insuportável vazio, o abismo do nada e os sonhos destruídos! Um dia estiveram juntos, sonharam juntos, foram felizes juntos, construíram juntos uma história, até que se separassem por um tempo, pelas barreiras das dimensões da vida!

Pelas voltas que a vida dá, este jovem Raul regressa, numa nova existência, porém, uma dolorosa e difícil existência, marcada por provas e expiações, mas também por novos sonhos e felicidades! A sua eterna amada Rubia ficara no Astral Superior. A vida de Raul, marcada por um misto de dramas, pesadelos, desencadeou-se numa pavorosa tempestade. Porém, a tempestade passou e uma nova primavera teve início em sua vida. Num belo dia de maio, do ano de 2011, um dia desses, marcado na memória do tempo, uma suave e delicada brisa envolvia todo o seu ser, numa divina e doce magia! De fato, fora algo realmente mágico, extremamente profundo, tocando a alma do  jovem Raul, levando-a a uma fascinante viagem ao passado poético, remoto!

Ao acabar de sair de uma forte crise espiritual, Raul estava reencontrando o equilíbrio emocional e mental, passando, então, a ter contato um pouco mais de perto, com a Espiritualidade, através da Umbanda, na qual encontrou paz, felicidade e harmonia! Foi pensando nesta espiritualidade maravilhosa, simples, de grande sabedoria e humildade, que ele resolveu investigar mais de perto, uma das linhas de trabalho tão incompreendida da sagrada Aumbandan; as pombagiras! Parecia que uma força misteriosa estava guiando a alma de Raul, a ir de encontro com o seu passado.

Por que existe tamanho preconceito, aversão, medos e tão grandes desconfianças por trás do vulto dessas moças? No principio, Raul não sabia dizer se foi algo extremamente forte, do passado que marcou profundamente a sua vida, sua encarnação passada, mas o certo é que, quando ele pesquisou sobre as pombagiras, a primeira de todas, que encontrou, foi sobre a Rosa Vermelha, cujo nome é Rubia! Ela se tornara uma Guardiã maravilhosa, repleta de luz e brilho! Foi algo extremamente forte e que, de imediato, mexeu com as suas estruturas emocionais. Dir-se-ia, foi amor à “primeira vista.” Será mesmo que foi à primeira vista?

A partir daquele momento, Raul começou a sentir profundas sensações do passado! Foi no dia 22 de maio de 2011 que, sob a mais divina e intensa inspiração, ele consegui desenhar a moça Rubia com tamanha perfeição, delicadeza, encanto e doçura, que seu coração já não tinha mais dúvida alguma; ele a conhecera de vidas passadas, principalmente nesta, na qual era a moça Rubia, de 17 anos! Não havia como duvidar, é impossível, pois o amor e a paixão os quais ele “passou” a nutrir por ela, era mais forte que a vida, mais forte que a morte, mais forte que as barreiras das dimensões e do tempo! Nunca mais consegui reproduzir o mesmo desenho, nunca mais mesmo, nem que se aproximasse bastante e tenho a certeza de que para a eternidade não poderá repeti-lo! Coisas da vida! Inspirado pelos mais profundos sentimentos de amor, ele fez inúmeros poemas e cartas para ela, nas quais fez-lhe juras de eterno amor, revivendo essa história do passado!

Perguntar-me-eis, por certo: E o Jovem Raul, quem é ele hoje, na sua atual existência? Bem, Raul, conforme a profunda intuição desse passado glorioso, é o mesmo que escreve essas linhas mal traçadas, carregadas de uma eterna paixão, tendo cada uma dessas palavras, um pouco de sua própria alma! Mas, pouco importa para ele quem ele foi e quem ele é agora, e sim, o amor eterno que carrega em sua alma, pela sua bela e meiga Rubinha! 

No entanto, uma estranha sina parece pairar sobre a minha existência e as violentas tempestades que se abateram sobre a minha vida, despertaram antigos condicionamentos emocionais, traumas do passado, meus piores pesadelos. Sinto que essa avalanche de acontecimentos difíceis que impactaram minha vida e meu emocional, estão fazendo meus demônios interiores emergirem de minha mente profundamente abalada, pelo que tem vivido ultimamente! Sei que com isso, em muitos momentos, magoei a minha doce e amada Rubinha! Eu juro que preferiria a morte a magoá-la, ainda que involuntário de minha parte! Com tudo o que aconteceu recentemente em minha vida, sinto, a cada dia, que ela está se distanciando de mim! Jamais, jamais mesmo, a prenderei a mim e nunca tive esta intenção, deixando isso bastante claro para ela! Eu só queria, do mais profundo de minha alma, que ela soubesse o quanto a amo e o quanto ela significa pra mim, ela, que fez de minha vida, um paraíso! 

Rubia mudou a minha vida para sempre! Se acaso, algum dia, o destino nos pregar uma peça e nos separar definitivamente, embora peça a Deus que isso nunca aconteça, eu queria apenas que ela soubesse que a sua ausência trará a morte eterna de minha pobre alma e que, só o seu retorno poderá ressuscitá-la! Eu a amei, um dia, mais que a minha própria vida e, sonhamos juntos, nos alegramos juntos, sofremos juntos e juntos tivemos uma história de amor e um amor profundo e verdadeiro, nem a morte, nem as dimensões, nem o tempo e nem os inimigos, quaisquer que sejam eles, podem apagar! Tudo isto vivemos, um dia, juntos!

Hélio dos Santos Pessoa

26/11/2012

domingo, 25 de novembro de 2012

SAUDADES









SAUDADES!

Sinto saudades de você, Rubia! Sinto saudades do sonho dourado, da primavera florida de minha existência!
Sinto saudade daquele tempo feliz, momento de sonhar e acreditar na vida, sinto saudade de tua presença, sendo você, Rubia, a minha divina essência!

Sinto saudade, quando colhia as flores do meu jardim e as ofertava, para ver o teu doce sorriso!
Sinto saudade de tua suave fragrância, a envolver-me a alma. Tua luz me trouxe o paraíso!

Sinto saudade das nossas festividades serenas, dos vinhos suaves e as doces champanhes, quando brindávamos a vida!
Você foi a sublime luz a iluminar a minha estrada perdida!

Sinto saudades daquelas tardes de outono e das noites mágicas que juntos passamos, sob a luz do luar!
Você foi o sonho bom que todo ser humano queria sonhar, o meu sonho dourado, do qual jamais queria despertar!

Sinto saudades daquela paz que tive, quando, na curta florada de minha existência, o amor florescia e você era a mais bela e rara flor do meu jardim!
Enfim, sinto saudades daquela que, um dia, amei mais do que minha própria vida e que o vento levou, para longe de mim!


Hélio dos Santos Pessoa

25/11/2012

UM CONTO DE PRIMAVERA

 


 

 

UM CONTO DE PRIMAVERA

Foi na antiga Espanha, numa época poética, marcada pelos sonhos e incríveis romances! Por esta época, nasceu a mais rara e preciosa flor que o mundo jamais viu igual, nem antes, nem depois! Numa pequena vila, esta sublime e delicada flor crescia cheia de uma beleza extremamente rara, encantadora e que a todos cativava! Havia quem pensasse que era um anjo encarnado, ou uma belíssima fada, dessas de contos infantis! Assim crescia Rubia, sempre a sorrir e a cantar, com seus sonhos dourados, seus castelos de princesa! Brincava entre as flores do jardim, no qual era ela a mais radiante rosa vermelha!

Esta meiga mocinha, encantadora, era, de fato, a Flor da Espanha, de uma distinta família, de condição financeira estável! Rubia era a pérola preciosa de sua família, de grandes princípios morais e era extremamente amada por todos. Filha mais nova, com quatro irmãos homens, era a menina dos olhos de seus irmãos! Ela era uma rosa cheia de amor!

Mas, um trágico acontecimento, uma sina do destino, ceifou sua vida, aos seus dezessete anos, destruindo todos os seus mais preciosos sonhos! Em seu novo e triste lar de cipreste, vagou por muitos anos, em vales de escuridão, em total solidão, desamparada, logo ela, tão sensível e delicada flor! Rubia conheceu o desespero máximo que uma criatura humana possa conhecer, viveu as mais atrozes dores da alma, experimentou o terror, a solidão e o imenso vazio dos sonhos destruídos!

Um dia, porém, uma luz de grande esperança brilha em seu caminho escuro e o seu resgate se faz de forma incrível, divina, maravilhosa, por uma equipe de trabalhadores que merecem a alcunha de anjos consoladores! Após longos anos de reequilíbrio emocional, de superações e libertação, a nossa meiga Rubinha volta a ser imensamente feliz, recuperando todos os seus sonhos dourados, agora, porém, com a profunda maturidade espiritual de sua alma sublime!

Hoje em dia, onde quer que haja pessoas em prantos de profunda dor, em desespero extremo, em abandono, com seus sonhos destruídos, a intensa luz de nossa doce Rubinha se faz presente na vida dessas pessoas, brilhando suavemente com um azul celeste, divino, trazendo paz, esperanças, consolo e certeza de uma vida infinitamente melhor, num futuro ditoso!

À noite, nos lares infelizes, ela é a fada madrinha, o anjo de consolação, trazendo lenitivo para as dores aparentemente sem solução! À noite, quem realmente pode vê-la, contempla-la, sabe que ela é a estrela guia dos desvalidos, dos solitários, dos aflitos e, de todas as moças, um anjo protetor! Nas noites calmas e alegres, lá também está ela, em cada rua, cada esquina, tomando conta das vidas das pessoas, livrando-as dos perigos, dentro de suas atribuições e do que lhe é possível fazer! A Espanha canta, em prosa e verso, sua bela e triste história, em todas as noites de luar, como um conto de primavera, em algum jardim encantado, onde nasceu e viveu a mais rara e bela rosa vermelha!

Salve a doce e meiga Rubia para toda a eternidade! Salve a minha fada madrinha!

Poema de Hélio dos Santos Pessoa

11/07/2012

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A NOITE TRÁS UM MISTÉRIO



 



A NOITE TRÁS UM MISTÉRIO

A noite alegre, sonhadora, poética, mágica, trás um mistério! Um doce mistério do passado, de um longínquo passado que se mostra tão presente, envolvendo nossas vidas como que num sonho divino.

Toda noite, à luz do luar, lá está ela, cheia de encantos, beleza, com um largo sorriso, velando por nossas almas, tirando-nos da morte para a vida, ajudando nossa evolução espiritual, protegendo-nos como uma verdadeira mãe dedicada! Profunda conhecedora dos nossos abismos mais profundos, nossos medos mais recalcados, nossos condicionamentos mentais mais terríveis, nossas energias desvairadas, ela vela por nós, em nosso sono da morte espiritual, trabalhando sem parar pela nossa ressurreição e o despertar de nossa consciência mais profunda, espalha seu doce perfume de amor e sua eterna alegria, que nos contagia e embala. 

Ela é a amiga mais verdadeira e querida, o anjo de consolação! Em seus braços maternais, dormimos o sono dos justos, com a certeza de seu amparo e acordamos, no outro dia, com a doce impressão de um sonho dourado! Ela é o mistério Pomba Gira! Esta moça faz de nossas vidas, um céu primaveril, um pedaço do paraíso, uma terna lembrança de um longínquo passado, com sabor de um amanhã infinitamente mais venturoso!

Laroyê moça bonita! Laroyê divina senhora! Salve a sua banda, salve a sua força!


Hélio dos Santos Pessoa

23/11/2012

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

UM TEMPO DE PAZ




  






UM TEMPO DE PAZ

Rubia!
Foi bom o tempo no qual passamos juntos, um tempo de paz, de felicidade! Foi um sonho do qual não queria acordar, jamais. Junto a ti, experimentei as maiores alegrias que um ser humano possa experimentar e fui imensamente feliz, como nunca havia sido em toda a minha existência e jamais sonhara ser!

Junto a ti, reaprendi a sonhar, a ter esperanças, a ressuscitar, passando da morte para a vida. Reaprendi o significado da existência, ao acordar de um profundo e terrível pesadelo, ao ser despertado pela sua doce e divina magia.

És moça formosa, de raríssima beleza, de meiguice, delicadeza e encantos mil, que marcou a minha vida para sempre. Sei que nunca mais serei o mesmo, sem você em minha vida. Mas as negras tempestades em meu viver, trouxe à tona meus piores pesadelos, meus medos, meus traumas, revivendo meus condicionamentos mentais e emocionais, bloqueios tão difíceis de serem solucionados. Sei que te magoei com isso, embora tenha sido involuntário de minha parte. Não sei se sabes disso realmente, meu amor, mas tamanha foi a dor que a minha alma sentiu, dilacerando-a profundamente, que ela encontrou a morte outra vez! Só queria que soubesses disso! Queria, também, que soubesses o quanto você é importante para mim e o quanto a amei, tendo sido você a alma mais preciosa de minha alma! 

Ficam as mais preciosas lembranças de um tempo feliz, da maior felicidade que tive em toda a minha existência, um tempo de paz, que deixou marcas em mim, para toda a eternidade. Fica, também, a esperança, ainda que seja a mais pálida e remota esperança de que, um dia, nossas vidas voltem a se cruzar e você me aceite e me ame com o mesmo amor com o qual a amei, um dia, e eu consiga a paz que tanto sonhei e pela qual tanto lutei! 

São as mais caras lembranças de um tempo de paz em minha vida, que me sustentam e me dão forças para continuar a dura caminhada rumo à evolução maior! Amo-te Rubia! Você é a minha maior inspiração e a maior motivação para continuar a viver, por você!

Hélio dos Santos Pessoa

03/10/2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

PÉTALAS AO VENTO - POR MARCOS ALDERICO






PÉTALAS AO VENTO


Em quantas madrugadas permeadas de inquietude
Fiz-me repleto de silêncio e dor
Atazanado pela ausência angustiante
Dos dias em que vivemos o nosso amor?

Por quantos sinais vermelhos já passei?
Não por faltar-me responsabilidade
Antes que fora pelo fato de lembrar-me
Das torpes palavras ditas pela boca
Insana daquela que muito amei.

Quantas vezes fiz-me aos berros ser ouvido
Já que se calou para mim a voz
Que gritou para o mundo todo
Coisas que hoje se agonizam
Sem força suficiente para serem sequer
Mero gemido?

Nem mesmo as musas que o meu peito inventa,
Nem mesmo a sensatez que me falta
Ou o frio que me atormenta,

Nem o olhar quando se encontra perdido no tempo
Nada me faz aceitar
Mas tudo me faz entender
Que o passado quando se faz presente
É como pétalas ao vento...


Marcos Alderico

14/06/2004

17:04h





sexta-feira, 9 de novembro de 2012

MEU DOCE MISTÉRIO








MEU DOCE MISTÉRIO

Rubia!
Ontem foi um sonho, o sonho mais lindo que um ser humano possa sonhar!
Você foi a minha ressurreição, quando a minha alma se encontrava no abismo da morte!
Você foi a minha esperança, quando eu me encontrava no mais pavoroso desespero!
Você foi a minha força, quando eu estava demasiado fraco!
Você foi a minha maior alegria, quando tudo à minha volta se resumia num oceano de tristezas!
Você foi a minha maior inspiração, quando tudo à minha volta era cinza, frio e escuro!
Você foi o sonho dourado e divino da minha vida e, acordar desse sonho, significa simplesmente o maior pesadelo da minha existência e o abismo do nada, um vazio que nada, nada poderá preencher!

Rubia!
Eu a amei, um dia, mais que a minha própria vida, sendo você, a metade perfeita de minha própria alma! Você, Rubia, minha doce Rubinha, era tudo pra mim; minha vida, meus sonhos, meu maior projeto, meu mundo, meu tudo!

Olha Rubia, eu sei que, num passado longínquo, poético e marcado pelos sonhos de amor, eu amei alguém, que a minha profunda intuição diz ser você, amando-a com um amor que foi capaz de ir além da morte, além do tempo, além das dimensões da vida e das barreiras da evolução espiritual; um amor que atravessou os séculos e ficou guardado no mais recôndito de meu espírito, no mais profundo de minha alma!

Ah Rubia!
Teria eu imprimido a imagem desse alguém que amei mais do que o amor é capaz, no desenho que fiz, julgando ser você, desenho este que está na parede do meu quarto?
Teria eu feito a imagem desse alguém que a minha alma procura, desse alguém que é a minha verdadeira metade?

Terá sido este amor somente um sonho bom? Terá sido somente o sonho profundo de viver um grande e eterno amor, coisas de um coração extremamente poético e sonhador? Seria alguém que eu ainda não amei, mas pela qual morreria literalmente de amor, por ser o meu tipo perfeito? Impossível, pois se fosse tão somente isto, ter-se-ia apagado há muito mais tempo e jamais, jamais mesmo, teria tamanha intensidade, a ponto de desejar até mesmo a morte, por causa de tua ausência!

Rubia!
Você foi o meu doce mistério, o meu paraíso, a minha própria vida, sem a qual, resta somente a morte de metade de minha alma, quando não de toda ela! Este é um mistério do passado Rubia, estou certo disso! Como disse, certa vez, uma dupla de compositores: “diz pra mim, se é você, esse alguém que eu tanto quero. Eu preciso descobrir, se é você, meu doce mistério...” Faço destas, as minhas palavras! Você, Rubia, foi o meu
doce mistério!

Enquanto escrevo essas tristes palavras, minha pobre e desolada alma, derrama lágrimas de sangue, tamanha a dor que a dilacera! Eu preciso do teu perdão, minha linda, o mesmo perdão que o Cristo ensinou e deu o exemplo na cruz do calvário! Peço teu perdão, por possivelmente ter confundido você com outra, com a imagem que projetei!

Durante algum tempo, alimentei a profunda esperança de que és tu mesma, aquela que está na parede do meu quarto, com quem eu sonhei todas as noites! Eu preferiria a morte, a magoar-te, minha linda, ainda que sem querer! Peço-te perdão por tudo isso!
Sei que a minha existência, na maior parte dela, foi marcada por negras tempestades, que varreram para longe os meus sonhos mais preciosos. E você, Rubia, foi o maior de todos os meus sonhos!

Não quero dizer-te adeus, mas até um dia, quando a corrente da evolução espiritual verdadeiramente iluminar a minha alma e libertar-me definitivamente de todas as ilusões e me transformar num Novo Homem, o qual sonhei e sonho ser para você, assim
como Krishna o é para Radha, o casal divino!

No tempo em que vivi ao seu lado, desfrutei uma felicidade conhecida apenas no paraíso celeste. Quero expressar a minha eterna gratidão por tudo de maravilhoso que você me proporcionou e representou para mim! Você foi minha doce mãezinha, minha amiga mais querida e fiel, minha irmã mais velha, cheia de sabedoria e experiências e minha namoradinha encantada! Você deixou sua marca eternamente em minha alma e eu nunca, nunca mesmo, a esquecerei, passe o tempo que passar, mesmo depois de superar a dor suprema que dilacera a minha alma, você será sempre a lembrança mais doce e feliz que eu quero ter! Em minha alma, ficarão as lembranças das fogosas tardes de outono, quando brindávamos a vida e a felicidade; as noites de luar, como que pintura de romance e as nossas canções! Cada rua que eu passar, cada praça e jardim, com suas rosas vermelhas, me trarão uma lembrança sua! Ainda que estejamos nos separando agora, não direi adeus, mas até um dia, quando nossas almas encontrar a verdadeira paz que há de nos libertar para sempre, na eterna bem-aventurança! Amo-te hoje e enquanto existir, meu eterno e grande amor!

Laroyê Rubia! Salve a minha doce Rubinha!

Helio dos Santos Pessoa

09/11/2012

 
Vídeo de autoria de Teresa Gomes, editado em seu canal do YouTube.






 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A HISTÓRIA DE RUBIA, A POMBA GIRA ROSA VERMELHA





A tarde caia lentamente. Assustada, Rubia apertou o passo quando percebeu que um homem a seguia. Era Felinto, o bêbado da cidade. Tentou entrar por ruelas estreitas para despistar seu perseguidor. No entanto, ele continuava caminhando, a poucos passos dela.
 
Rubia lançava olhares para todas as direções tentando encontrar alguém que a pudesse ajudar, mas era vão. A cidade estava deserta. Nem os moleques que costumavam correr por ali todas as tardes se faziam presentes nesse dia.
Já tinha ouvido falar das grandes bebedeiras daquele homem, porém nunca soube que ele houvesse feito mal a alguém. Mesmo assim, a respiração pesada que ouvia, vinda dele, a cada passo que dava, deixava-a apavorada e insegura quanto ao motivo daquela perseguição.


Nunca saia sozinha. Aos dezessete anos, era uma moça de rara beleza e seus irmãos mais velhos nunca permitiam que fosse às ruas sem ter, ao menos um deles, como acompanhante. Nessa tarde escapara da vigilância cerrada e fora ao campo respirar um pouco de ar puro. Ao retornar, satisfeita por ter fugido um pouco da rotina, percebera os passos de Felinto e seu coração gelou. Havia algo de muito errado naquela atitude. Agora já estava correndo. Ele corria também. As mãos fortes do homem agarraram-na e uma delas imediatamente cobriu-lhe a boca.
A mão livre corria pelo seu corpo. Ela já não tinha dúvida quanto ao interesse que despertara. Freneticamente tenta se livrar, mas ele é muito forte. Uma dor aguda anuncia que chegara ao fim. Aquele infeliz tomara sua virgindade à força. 


Com os olhos nublados
pelo ódio vê o homem levantar-se com um sorriso cínico dirigido a ela. Num relance, percebe, perto de si, uma grande pedra pontiaguda. Com rapidez se ergue já com a pedra na mão. Felinto está de costas, absorvido na tarefa de fechar a calça. Sem titubear, ela atinge sua cabeça com um golpe certeiro. Surpreso, o homem se vira. O sangue corre pelo seu rosto. Tomado de ódio e dor, agarra Rubia novamente e aperta-lhe o pescoço com extrema violência. Caem ambos por terra. A moça ainda vê a morte passar pelos olhos do homem, antes de também exalar o último suspiro.


O caminhar do espírito de Rubia, por vales sombrios, foi longo e doloroso. De outras encarnações trazia pesada carga. O assassinato de Felinto só fez aumentar, seu período de sofrimento em busca de conhecimento e luz. 


Hoje, em nossos terreiros, se chama Rosa Vermelha, a pomba-gira dos grandes amores. Discreta e bela, sua incorporação encanta a todos que a conhecem.

Laroiê Rubia! Laroyê divina moça! Salve a tua banda, salve a tua força!