PÁGINAS DO PASSADO
UMA TARDE PARA SE LEMBRAR
Foi numa tarde de primavera, na hora mágica na qual o sol tinge de dourado o horizonte dos céus e dá um brilho especial às flores primaveris.
Eu me encontrava só, contemplativo, lembrando com saudades dos meus tempos de criança e dessas mesmas flores do campo que colhia para a minha mãe.
Neste momento, uma suave brisa envolveu todo o meu ser e uma outra lembrança , de um longínquo passado, despertou-me fortes emoções. Trouxe, também, a dor de uma saudade, ao trazer uma suave fragrância de rosa vermelha.
Em minha mente, turbada pelas emoções, um belíssimo rosto sorridente se me afigurava quase como que uma realidade. A jovem, a bela, a encantadora moça que amei, um dia, mais do que a minha própria vida e a quem amarei até o meu último suspiro; Rúbia!
Muito embora, seu belo rosto e seu radiante sorriso fosse uma imagem projetada pela lembrança, tinha absoluta convicção de que ela estava ali, ao meu lado, me aquecendo com seu carinho e a esperança de que, um dia, nossas almas estarão juntas para sempre...
Hélio dos Santos Pessoa
11 de Novembro de 2011
UM TRANSPORTE DIVINO
Vinha caminhando pela rua, perdido em pensamentos sobre a minha vida.
Cenas de meu passado de infância e adolescência se misturavam em minha mente, trazendo à tona um passado feliz, mas paradoxalmente triste, refletindo os problemas de uma vida humana fora dos padrões que a humanidade estabelece como normal.
Eu caminhava, sem rumo certo, pensando, também, que incerta é a minha existência, sem perspectivas para o futuro.
Mas, estranhamente, mesmo em meio à este turbilhão da mente, uma calmaria se fez presente e umas imagens de um passado longínquo giravam fugazes, sob o fundo de minha memória oculta.
Via-me, de repente, nas largas ruas de uma cidadela alegre, que foi palco de grandes e profundos amores e onde eu me via cercado das mais belas e queridas moças, dentre umas, mentes dentre outras, grandes amigas.
Elas traziam-me uma paz jamais experimentada nesta era conturbada.
Deixei-me, assim, transportar neste sonho divino. Enquanto eu caminhava pelo largo canteiro central da avenida, rodeado de românticos bancos, num breve lapso de tempo, revi cenas quase inteiras de minha passada existência, ao mesmo tempo em que contemplava o charme, a delicadeza, a leveza e o largo sorriso de muitas de minhas amigas, dançando nas noites claras, ao toque das luzes das praças e das luzes das estrelas. Senti-me verdadeiramente no paraíso, num chão carregado de pétalas de flores e no ar, inebriantes perfumes que inspiram ao mais puro e casto amor.
Tudo isso foi como num sonho divino do qual não queria acordar jamais. Foi um transporte divino, uma terna lembrança do que a vida pode vir a ser; uma lembrança e uma promessa de um futuro verdadeiramente feliz. Um doce encontro de almas afins, com minhas queridas amigas guardiãs pomba giras, tão queridas de minha alma!
Laroyê Pomba Gira!
Hélio dos Santos Pessoa
25 de julho de 2011
SENSAÇÃO DE PERDA
Eu sinto que, um dia, você partirá
Todos os meus sonhos dourados
Se desmoronarão, um a um
Uma réstia de suave fragrância ficará
A testemunhar uma época de paz, que terá passado!
Na tua doce presença, com teu doce sorriso,
Conheci o paraíso!
A tua ausência me trará a morte
E a amargura desse vazio que me sobrevirá
Será como o fogo devorador,
A consumir a minha alma.
Teu meigo sorriso me trazia calma
Iluminava a minha estrada sombria
Contigo, a vida me sorria.
Hoje caminho numa estrada perdida
Venha me ajudar, luz da minha vida!
Hélio dos Santos Pessoa
2012
SONHOS DE OUTONO
Foi numa tarde de outono, mágica, agradável, uma tarde romântica que marcou a minha vida para sempre. Eu me encontrava só, pensativo, refletindo sobre a minha vida. Acabara de sair de uma profunda crise espiritual, reencontrando-me, enfim. Estava em paz, tendo recobrado o equilíbrio emocional e um caminho a seguir. Neste momento, uma aura mágica, tocada de grande romance, envolveu todo o meu ser, trazendo-me, ao mesmo tempo, a sensação de um passado longínquo, glorioso e feliz. Foi neste momento sublime, único na história de um ser humano, que você, Rúbia, surgiu em minha vida, brilhando como uma estrela radiante!
Hélio dos Santos Pessoa
18 de fevereiro de 2012
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