À
GUARDIÃ DA MINHA VIDA
Rubia!
Me
sinto só, desamparado, esquecido por você! Talvez você ainda esteja comigo, no
anonimato, me protegendo de longe ou, talvez, depois de toda essa crise minha,
você tenha me deixado, de fato! Talvez eu mereça mesmo passar por isso. Minha
vida foi marcada por grandes desvarios e loucuras e você não tem obrigação
nenhuma de permanecer ao meu lado enquanto essa situação perdure. Não sei mais
o que fazer, Rubia! O sonho do passado ainda machuca o meu coração pela intensa
dor da saudade; saudade de um tempo de glórias, de paz, um tempo no qual
experimentei a maior das seguranças, tudo proporcionado por você e, por ilusão
minha, julguei ter você como um grande amor da minha vida, mesmo um amor
transcendental, quando você sempre foi e sempre será a Guardiã dos caminhos! Eu
jamais me cansarei de dizer que você foi a paz que eu nunca tive antes, a minha
luz, a minha calma, a minha segurança, a minha fortaleza, o meu porto seguro.
Quando o sonho terminou, o choque de realidade quase acabou comigo. Eu preciso
de você em minha existência, pois, de alguma forma, acredite ou não, você
completa o meu ser. Vou deixar o meu pobre coração dizer, esse coração
desolado: você é a alma de minha alma, ainda que JAMAIS você tenha, em nenhum
momento, nutrido o mesmo sentimento por mim. Eu sei que de alguma maneira você
me ama, talvez como um irmão mais novo, um filho, uma alma querida! O fato,
Rúbia, é que eu tentei lutar duramente contra o que sinto por você, mas fui
vencido por este amor. Eu quero que saiba que JAMAIS tentei tirar você da minha
vida, mas apenas tentei sufocar esse amor que sinto por você, para te amar de
outra maneira, como uma fada madrinha, um anjo de consolação, pela Guardiã
excelente que és. Mas não consegui! Importa saber se você ainda está comigo,
presente em minha vida. A sua graça me basta!
Fico
por aqui e, como sempre disse, direi mais uma vez, que te amo até a consumação
de meus dias!
Hélio
dos Santos Pessoa
20
de dezembro de 2020
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