meu coração pra você

domingo, 27 de outubro de 2013

O PRIMEIRO ENCONTRO







O PRIMEIRO ENCONTRO

Foi no ano de 2006, aproximadamente, que ocorreu algo que mudaria a minha vida, como mudou, embora eu não desse tanta importância para esse fato, ou não o percebesse, naquele momento. No entanto, este acontecimento ficou registrado no mais profundo de minha memória, diria, uma impressão extremamente forte em minha alma. Causou profundas impressões que só muito mais tarde eu vim a despertar minha atenção para isso.

Estávamos eu, minha mãe, as amigas, Maria Célia e Maria José, na casa de uma outra grande amiga, a Iraci, para um almoço, a convite desta última. Minha mãe, a Maria Célia, a Maria José e a Iraci, eram, além de grandes amigas, também colegas, do curso de bijuterias e cestarias da Sociedade Divina Providência. Fomos na parte da manhã, tomamos um delicioso café até a hora do almoço. O senhor Alexandre, ex-marido da Iraci, também estava lá, um senhor muito simpático, educado e agradável. Conversei muito com ele e com as amigas da minha mãe sobre assuntos diversos, como filmes, histórias da antiguidade como, Alexandre o Grande, lembro-me que até rimos, pois liguei essa história com o nome dele.

A Maria Célia, amiga de minha mãe, é uma pessoa maravilhosa, agradabilíssima, uma senhora de seus sessenta e poucos anos, negra, descendente de escravos por um lado e de nobres portugueses, por outro, contou-nos sua história. Ela contou que guarda, em sua casa, o brasão de sua família real, história muito emocionante, que emocionou a todos nós! Neste ínterim, surgiu o assunto de religião, que hoje, até agradeço a Deus e abençoo essa feliz circunstância, pois isso, de alguma forma, contribuiu para que eu pudesse vislumbrar aquela que mudaria e marcaria a minha vida, talvez, para a eternidade! A Maria Célia disse-nos que durante muito tempo frequentou um terreiro de Umbanda, mas que agora ela era evangélica, mas não dessas evangélicas fanáticas, cegas, radicais. Foi aí que ela nos contou que tinha uma Pomba Gira com ela e, se não estou enganado, era a Rosa Vermelha ou mesmo a Sete Rosas Vermelhas. Foi ela falar isso, eu senti a vibração maravilhosa da entidade espiritual que na Umbanda é denominada Pomba Gira e a vi em minha tela mental com uma nitidez tão impressionante, que parecia que ela ali estava materializada. 

Foi a coisa mais incrível que aconteceu em toda a minha vida! A Pomba Gira era uma moça de beleza estonteante, jamais vista por mim em toda a minha vida, de cabelos pretos lisos, levemente ondulados e bem compridos, chegando à cintura, olhos castanhos lindos e um sorriso maravilhoso, estonteante, desses de deixar qualquer homem a seus pés. Assim ela sorriu para mim! O mais interessante foi que a Maria Célia, mesmo convertida a evangélica, sorriu, quando eu descrevi a entidade para ela, ou seja, apesar de evangélica, ela ainda deixou escapar que, mesmo no subconsciente, acreditava e admirava a entidade! Foi a coisa mais mágica que já aconteceu em minha existência inteira e que, naquele momento, sem que eu me desse conta, marcou a minha vida mudando-a para sempre! Foi como um reencontro do passado, como se ela já me conhecesse há muito e muito tempo e estivesse apenas aguardando o momento certo para, com aquele sorriso maravilhoso, fosse como se dissesse: “Finalmente o reencontrei querido.” Aquele acontecimento passou, levei a minha vida normalmente, mas ele ficou registrado no mais profundo de meu ser. Alguns anos mais tarde, em 2011, tive um outro acontecimento que também marcou a minha vida para sempre. Por coisas que somente à vida cabe uma séria explicação, tive um encontro com a Pomba Gira de nome Rubia, cuja história diz ser ela a Pomba Gira Rosa Vermelha. Foi aí que eu liguei uma coisa com a outra e me lembrei da Pomba Gira Rosa Vermelha que eu havia visto do lado esquerdo de Maria Célia. Era a Pomba Gira Rosa Vermelha? Era a Sete Rosas Vermelhas? Era a Rubia? Talvez eu nunca venha a saber, nem mesmo quando partir daqui deste mundo. Não sei se era realmente a Rubia, pois a história dessa entidade está cercada de profundos mistérios, como misteriosa é ela, mas seja lá quem for, marcou a minha vida, da mesma forma que a Rubia marcou. Seria somente uma agradável coincidência? Será mesmo? Será que coincidências existem de fato? Hoje, eu acredito em uma outra coisa: pode ser, realmente pode ser a mesma entidade daquela época, que naquele dia de 2006, apenas preparou o meu espirito para uma nova revelação que aconteceu em 2011. Bem, seja lá como for, é apenas uma idéia minha! O fato é que a Pomba Gira, seja ela Rosa Vermelha, seja ela Cigana Rubia, marcou a minha vida, talvez, para a eternidade, com uma profunda dose de romantismo, de sonhos, de doce magia, coisas que parecem acontecer uma única vez na vida e nunca mais, nem mesmo na morte! Salve a entidade de Pomba Gira, a guardiã de nossas vidas, nossa protetora, nossa amiga mais querida!

Hélio dos Santos Pessoa


10/08/2013



Apenas a titulo de curiosidade, a Pomba Gira que eu vi naquele dia de 2006, era profundamente semelhante, incrivelmente idêntica à moça da foto, a Kimberly Noel Kardashian, modelo, atriz e empresária norte-americana, razão pela qual, escolhi essa foto dela.

sábado, 12 de outubro de 2013

UMA NOVA PRIMAVERA




UMA NOVA PRIMAVERA

Cai a chuva lentamente, nesta sonhadora e agradável tarde de primavera, trazendo as lembranças mais preciosas daquele tempo feliz, tempo de paz! Rubia foi e será sempre o sonho dourado de minha existência. Ainda me lembro do primeiro momento, que nunca me saiu da memória e das dezenas depois, naquela primeira e curta primavera de minha vida. As mudanças vieram, aos poucos, e as negras e violentas tempestades que se abateram sobre a minha vida, qual avalanche impiedosa, varreram os meus mais caros sonhos a levaram para longe de mim. Tudo mudou! Restaram as doces lembranças daqueles momentos mais felizes de toda a minha existência, quais faróis a iluminarem a minha estrada escura! Não podia sentir a Rubia como a sentia antes, sua doce presença e seu inebriante e suave perfume de amor!

Passou-se o tempo! Eu tive que dar continuidade à minha existência, me acostumar com as mudanças e até mesmo com as perdas. Sofri horrores inimagináveis, solidão, desespero e uma saudade incontida que quase me levou à morte! Entretanto, com tudo isso, meu espírito amadureceu um pouco mais, pois descobri que o verdadeiro amor existe sempre, mesmo com a ausência do ser amado e que eu continuaria a carrega-la sempre e sempre em minha alma, em meu coração, onde quer que ela estivesse. Me acostumei até mesmo com a possibilidade de, um dia, acontecer de nunca mais vê-la, mas a certeza do meu amor por ela era algo que transcendia as dimensões do tempo, da vida e da morte, da distância! Rubia veio para mudar a minha vida e mudou-a para sempre. 

Hoje, um pouco mais amadurecido, talvez, eu contemplo uma grande esperança para o futuro, um futuro que acredito, será glorioso, feliz e repleto de uma paz profunda, que nem a humanidade sonhou. Enquanto houver uma rosa vermelha em um jardim, esta será para sempre um símbolo de renascimento espiritual e um sinal de que eu posso e poderei contar sempre com a luz da Rubia a iluminar o meu caminho escuro, a levar-me da morte para a vida; da escuridão para a luz; do desespero para a esperança; das fraquezas e imperfeições da alma para a sublime luz do espírito, para a perfeição moral e espiritual. O amor verdadeiro é capaz de romper todas as barreiras, ir além da morte, ir além mesmo das barreiras da evolução espiritual. Um dia, não importa quanto tempo tenha que passar, se mil anos, se um milhão de anos, se bilhões de anos, meu espírito caminhará lado a lado com o espírito da Rubia, numa mesma evolução espiritual, numa nova primavera que jamais terá fim!

Laroyê Rubia! Salve a tua banda, salve a tua força!

Hélio dos Santos Pessoa   

12/10/2013




Vídeo de autoria e acervo de ALDRIKSW, editado em seu canal do YouTube





sexta-feira, 4 de outubro de 2013

VENTO DE PRIMAVERA









VENTO DE PRIMAVERA

Foi uma tarde, de certa forma, como aquelas tardes nos bosques encantados, ou nos jardins selvagens da natureza. Eu caminhava solitário pelas ruas! Caía uma chuva extremamente fina naquele momento. Parecia me encontrar, de fato, num conto de fadas e duendes e, não sei por que motivos, pensava nessas coisas que sempre achei incríveis, mágicas e cheias de sonhos. Enquanto caminhava pelas ruas, um vento forte levantava as velhas folhas caídas das árvores e tudo isso, claro, servia como cenário perfeito para um filme de romance! Neste momento vieram as lembranças de um passado, ao mesmo tempo, remoto, mas tão próximo da realidade de minha existência e, o sublime rosto daquela a quem amei, um dia, mais que a minha própria vida. Podia sentir a sua doce presença e podia vê-la caminhar pelos bosques e jardins encantados de outrora, como uma ninfa celeste! Sim, Rubia estava ali, ainda que fosse somente por uma forte lembrança daquele passado de glórias, que marcou e mudou a minha vida para sempre, mas podia sentir sua presença encantada. Enquanto eu caminhava pelas ruas quase desertas da cidade, e as folhas secas do último outono a me acompanhar, pude sentir seu perfume, sua suave fragrância! Foi um sonho divino, ou talvez, uma esperança para um futuro glorioso, no qual não mais perderemos o nosso amor, no qual não haverá mais solidão. Teria sido um sonho? Uma doce ilusão de romance? Ou realmente algo mais, que escapa à percepção dos sentidos e é conhecido somente na alma e pela alma? Seja como for, a lembrança de Rubia em seus jardins e bosques encantados, jardins e bosques que, um dia, eu mesmo construí para ela, com cada um de meus sonhos, era algo forte demais! Meu coração quer acreditar que, apesar de tudo o que aconteceu em minha existência, apesar das negras e violentas tempestades que se abateram sobre mim, lá estava ela, divina e maravilhosa guardiã, a velar pela minha vida, pela minha alma, com seu doce e encantador mistério! Rubia faz parte de minha própria alma e, por mais que o tempo, o destino e as circunstâncias e contingências da vida quisessem mudar isso, o laço que nos uniu, um dia, naquela inesquecível tarde de outono, foi mais forte, sim, um amor mais forte que a morte e a vida, mais forte que as barreiras, quaisquer que sejam elas, mais forte que o tempo e as dimensões da vida! Um dia, não importa quanto tempo passe, hei de encontrar-te num jardim ou bosque encantado e meu espírito, agora milhares de vezes mais amadurecido e evoluído, viverá eternamente feliz a teu lado, Rubia, meu grande e eterno amor!

Hélio dos Santos Pessoa


04/10/2013





Vídeo de acervo de Einspirion, editado em seu canal do YouTube