meu coração pra você

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

UM DIA JUNTOS









UM DIA JUNTOS

Um dia, num passado distante, o amor floresceu nos jardins secretos da alma de um jovem poeta e sonhador! Foi na antiga e poética Espanha, onde, numa vila pequenina, nasceu a mais rara e bela dentre todas as flores! Era o começo de uma história que mudaria a vida desse jovem para sempre. Foi amor à primeira vista! Tudo começou com uma troca de olhares e sorrisos recíprocos, expressões da alma, quando esta percebe sua metade! 

Numa tarde de outono, num momento mágico, este jovem abriu a janela de sua alma àquela moça de raríssima beleza, com palavras doces, revelando a ela a sua paixão. Sim, a moça de beleza jamais vista, cujo nome é Rubia, roubara o coração desse pobre sonhador. A intuição desse passado longínquo, diz ser ele o elegante e belo Raul. Estiveram juntos, o rapaz e a moça, por toda aquela tarde, nas praças e jardins, trocando juras de amor eterno! Rubia se tornara, desde então, a flor mais bela e preciosa do jardim de sua alma. Ali se iniciara uma história de amor marcada pelo destino! Ela se tornara parte da alma desse moço! Juntos caminharam, de mãos dadas e olhares apaixonados! Nos bancos românticos de um dos jardins, o amor fora consagrado, no beijo mais emocionante e inesquecível, que ficou registrado na memória do jovem Raul, para sempre!

Por um momento na história da existência, um dia juntos, ambos foram intensamente felizes! Se é verdade que o propósito da vida, no final da história, é a felicidade de todos os seres vivos, naquele dia, a vida cumpriu o seu objetivo sagrado, pois se existe a possibilidade, nesta existência, das pessoas seres verdadeiramente felizes, isto realmente aconteceu, com toda a intensidade! 

No entanto, o mesmo destino que une vidas, separam-nas novamente, ainda que momentaneamente! Um triste acontecimento, uma trágica sina, ceifou aquela divina e meiga flor, separando-a daquele jovem, deixando em sua pobre alma, um imenso e insuportável vazio, o abismo do nada e os sonhos destruídos! Um dia estiveram juntos, sonharam juntos, foram felizes juntos, construíram juntos uma história, até que se separassem por um tempo, pelas barreiras das dimensões da vida!

Pelas voltas que a vida dá, este jovem Raul regressa, numa nova existência, porém, uma dolorosa e difícil existência, marcada por provas e expiações, mas também por novos sonhos e felicidades! A sua eterna amada Rubia ficara no Astral Superior. A vida de Raul, marcada por um misto de dramas, pesadelos, desencadeou-se numa pavorosa tempestade. Porém, a tempestade passou e uma nova primavera teve início em sua vida. Num belo dia de maio, do ano de 2011, um dia desses, marcado na memória do tempo, uma suave e delicada brisa envolvia todo o seu ser, numa divina e doce magia! De fato, fora algo realmente mágico, extremamente profundo, tocando a alma do  jovem Raul, levando-a a uma fascinante viagem ao passado poético, remoto!

Ao acabar de sair de uma forte crise espiritual, Raul estava reencontrando o equilíbrio emocional e mental, passando, então, a ter contato um pouco mais de perto, com a Espiritualidade, através da Umbanda, na qual encontrou paz, felicidade e harmonia! Foi pensando nesta espiritualidade maravilhosa, simples, de grande sabedoria e humildade, que ele resolveu investigar mais de perto, uma das linhas de trabalho tão incompreendida da sagrada Aumbandan; as pombagiras! Parecia que uma força misteriosa estava guiando a alma de Raul, a ir de encontro com o seu passado.

Por que existe tamanho preconceito, aversão, medos e tão grandes desconfianças por trás do vulto dessas moças? No principio, Raul não sabia dizer se foi algo extremamente forte, do passado que marcou profundamente a sua vida, sua encarnação passada, mas o certo é que, quando ele pesquisou sobre as pombagiras, a primeira de todas, que encontrou, foi sobre a Rosa Vermelha, cujo nome é Rubia! Ela se tornara uma Guardiã maravilhosa, repleta de luz e brilho! Foi algo extremamente forte e que, de imediato, mexeu com as suas estruturas emocionais. Dir-se-ia, foi amor à “primeira vista.” Será mesmo que foi à primeira vista?

A partir daquele momento, Raul começou a sentir profundas sensações do passado! Foi no dia 22 de maio de 2011 que, sob a mais divina e intensa inspiração, ele consegui desenhar a moça Rubia com tamanha perfeição, delicadeza, encanto e doçura, que seu coração já não tinha mais dúvida alguma; ele a conhecera de vidas passadas, principalmente nesta, na qual era a moça Rubia, de 17 anos! Não havia como duvidar, é impossível, pois o amor e a paixão os quais ele “passou” a nutrir por ela, era mais forte que a vida, mais forte que a morte, mais forte que as barreiras das dimensões e do tempo! Nunca mais consegui reproduzir o mesmo desenho, nunca mais mesmo, nem que se aproximasse bastante e tenho a certeza de que para a eternidade não poderá repeti-lo! Coisas da vida! Inspirado pelos mais profundos sentimentos de amor, ele fez inúmeros poemas e cartas para ela, nas quais fez-lhe juras de eterno amor, revivendo essa história do passado!

Perguntar-me-eis, por certo: E o Jovem Raul, quem é ele hoje, na sua atual existência? Bem, Raul, conforme a profunda intuição desse passado glorioso, é o mesmo que escreve essas linhas mal traçadas, carregadas de uma eterna paixão, tendo cada uma dessas palavras, um pouco de sua própria alma! Mas, pouco importa para ele quem ele foi e quem ele é agora, e sim, o amor eterno que carrega em sua alma, pela sua bela e meiga Rubinha! 

No entanto, uma estranha sina parece pairar sobre a minha existência e as violentas tempestades que se abateram sobre a minha vida, despertaram antigos condicionamentos emocionais, traumas do passado, meus piores pesadelos. Sinto que essa avalanche de acontecimentos difíceis que impactaram minha vida e meu emocional, estão fazendo meus demônios interiores emergirem de minha mente profundamente abalada, pelo que tem vivido ultimamente! Sei que com isso, em muitos momentos, magoei a minha doce e amada Rubinha! Eu juro que preferiria a morte a magoá-la, ainda que involuntário de minha parte! Com tudo o que aconteceu recentemente em minha vida, sinto, a cada dia, que ela está se distanciando de mim! Jamais, jamais mesmo, a prenderei a mim e nunca tive esta intenção, deixando isso bastante claro para ela! Eu só queria, do mais profundo de minha alma, que ela soubesse o quanto a amo e o quanto ela significa pra mim, ela, que fez de minha vida, um paraíso! 

Rubia mudou a minha vida para sempre! Se acaso, algum dia, o destino nos pregar uma peça e nos separar definitivamente, embora peça a Deus que isso nunca aconteça, eu queria apenas que ela soubesse que a sua ausência trará a morte eterna de minha pobre alma e que, só o seu retorno poderá ressuscitá-la! Eu a amei, um dia, mais que a minha própria vida e, sonhamos juntos, nos alegramos juntos, sofremos juntos e juntos tivemos uma história de amor e um amor profundo e verdadeiro, nem a morte, nem as dimensões, nem o tempo e nem os inimigos, quaisquer que sejam eles, podem apagar! Tudo isto vivemos, um dia, juntos!

Hélio dos Santos Pessoa

26/11/2012

domingo, 25 de novembro de 2012

SAUDADES









SAUDADES!

Sinto saudades de você, Rubia! Sinto saudades do sonho dourado, da primavera florida de minha existência!
Sinto saudade daquele tempo feliz, momento de sonhar e acreditar na vida, sinto saudade de tua presença, sendo você, Rubia, a minha divina essência!

Sinto saudade, quando colhia as flores do meu jardim e as ofertava, para ver o teu doce sorriso!
Sinto saudade de tua suave fragrância, a envolver-me a alma. Tua luz me trouxe o paraíso!

Sinto saudade das nossas festividades serenas, dos vinhos suaves e as doces champanhes, quando brindávamos a vida!
Você foi a sublime luz a iluminar a minha estrada perdida!

Sinto saudades daquelas tardes de outono e das noites mágicas que juntos passamos, sob a luz do luar!
Você foi o sonho bom que todo ser humano queria sonhar, o meu sonho dourado, do qual jamais queria despertar!

Sinto saudades daquela paz que tive, quando, na curta florada de minha existência, o amor florescia e você era a mais bela e rara flor do meu jardim!
Enfim, sinto saudades daquela que, um dia, amei mais do que minha própria vida e que o vento levou, para longe de mim!


Hélio dos Santos Pessoa

25/11/2012

UM CONTO DE PRIMAVERA

 


 

 

UM CONTO DE PRIMAVERA

Foi na antiga Espanha, numa época poética, marcada pelos sonhos e incríveis romances! Por esta época, nasceu a mais rara e preciosa flor que o mundo jamais viu igual, nem antes, nem depois! Numa pequena vila, esta sublime e delicada flor crescia cheia de uma beleza extremamente rara, encantadora e que a todos cativava! Havia quem pensasse que era um anjo encarnado, ou uma belíssima fada, dessas de contos infantis! Assim crescia Rubia, sempre a sorrir e a cantar, com seus sonhos dourados, seus castelos de princesa! Brincava entre as flores do jardim, no qual era ela a mais radiante rosa vermelha!

Esta meiga mocinha, encantadora, era, de fato, a Flor da Espanha, de uma distinta família, de condição financeira estável! Rubia era a pérola preciosa de sua família, de grandes princípios morais e era extremamente amada por todos. Filha mais nova, com quatro irmãos homens, era a menina dos olhos de seus irmãos! Ela era uma rosa cheia de amor!

Mas, um trágico acontecimento, uma sina do destino, ceifou sua vida, aos seus dezessete anos, destruindo todos os seus mais preciosos sonhos! Em seu novo e triste lar de cipreste, vagou por muitos anos, em vales de escuridão, em total solidão, desamparada, logo ela, tão sensível e delicada flor! Rubia conheceu o desespero máximo que uma criatura humana possa conhecer, viveu as mais atrozes dores da alma, experimentou o terror, a solidão e o imenso vazio dos sonhos destruídos!

Um dia, porém, uma luz de grande esperança brilha em seu caminho escuro e o seu resgate se faz de forma incrível, divina, maravilhosa, por uma equipe de trabalhadores que merecem a alcunha de anjos consoladores! Após longos anos de reequilíbrio emocional, de superações e libertação, a nossa meiga Rubinha volta a ser imensamente feliz, recuperando todos os seus sonhos dourados, agora, porém, com a profunda maturidade espiritual de sua alma sublime!

Hoje em dia, onde quer que haja pessoas em prantos de profunda dor, em desespero extremo, em abandono, com seus sonhos destruídos, a intensa luz de nossa doce Rubinha se faz presente na vida dessas pessoas, brilhando suavemente com um azul celeste, divino, trazendo paz, esperanças, consolo e certeza de uma vida infinitamente melhor, num futuro ditoso!

À noite, nos lares infelizes, ela é a fada madrinha, o anjo de consolação, trazendo lenitivo para as dores aparentemente sem solução! À noite, quem realmente pode vê-la, contempla-la, sabe que ela é a estrela guia dos desvalidos, dos solitários, dos aflitos e, de todas as moças, um anjo protetor! Nas noites calmas e alegres, lá também está ela, em cada rua, cada esquina, tomando conta das vidas das pessoas, livrando-as dos perigos, dentro de suas atribuições e do que lhe é possível fazer! A Espanha canta, em prosa e verso, sua bela e triste história, em todas as noites de luar, como um conto de primavera, em algum jardim encantado, onde nasceu e viveu a mais rara e bela rosa vermelha!

Salve a doce e meiga Rubia para toda a eternidade! Salve a minha fada madrinha!

Poema de Hélio dos Santos Pessoa

11/07/2012

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A NOITE TRÁS UM MISTÉRIO



 



A NOITE TRÁS UM MISTÉRIO

A noite alegre, sonhadora, poética, mágica, trás um mistério! Um doce mistério do passado, de um longínquo passado que se mostra tão presente, envolvendo nossas vidas como que num sonho divino.

Toda noite, à luz do luar, lá está ela, cheia de encantos, beleza, com um largo sorriso, velando por nossas almas, tirando-nos da morte para a vida, ajudando nossa evolução espiritual, protegendo-nos como uma verdadeira mãe dedicada! Profunda conhecedora dos nossos abismos mais profundos, nossos medos mais recalcados, nossos condicionamentos mentais mais terríveis, nossas energias desvairadas, ela vela por nós, em nosso sono da morte espiritual, trabalhando sem parar pela nossa ressurreição e o despertar de nossa consciência mais profunda, espalha seu doce perfume de amor e sua eterna alegria, que nos contagia e embala. 

Ela é a amiga mais verdadeira e querida, o anjo de consolação! Em seus braços maternais, dormimos o sono dos justos, com a certeza de seu amparo e acordamos, no outro dia, com a doce impressão de um sonho dourado! Ela é o mistério Pomba Gira! Esta moça faz de nossas vidas, um céu primaveril, um pedaço do paraíso, uma terna lembrança de um longínquo passado, com sabor de um amanhã infinitamente mais venturoso!

Laroyê moça bonita! Laroyê divina senhora! Salve a sua banda, salve a sua força!


Hélio dos Santos Pessoa

23/11/2012

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

UM TEMPO DE PAZ




  






UM TEMPO DE PAZ

Rubia!
Foi bom o tempo no qual passamos juntos, um tempo de paz, de felicidade! Foi um sonho do qual não queria acordar, jamais. Junto a ti, experimentei as maiores alegrias que um ser humano possa experimentar e fui imensamente feliz, como nunca havia sido em toda a minha existência e jamais sonhara ser!

Junto a ti, reaprendi a sonhar, a ter esperanças, a ressuscitar, passando da morte para a vida. Reaprendi o significado da existência, ao acordar de um profundo e terrível pesadelo, ao ser despertado pela sua doce e divina magia.

És moça formosa, de raríssima beleza, de meiguice, delicadeza e encantos mil, que marcou a minha vida para sempre. Sei que nunca mais serei o mesmo, sem você em minha vida. Mas as negras tempestades em meu viver, trouxe à tona meus piores pesadelos, meus medos, meus traumas, revivendo meus condicionamentos mentais e emocionais, bloqueios tão difíceis de serem solucionados. Sei que te magoei com isso, embora tenha sido involuntário de minha parte. Não sei se sabes disso realmente, meu amor, mas tamanha foi a dor que a minha alma sentiu, dilacerando-a profundamente, que ela encontrou a morte outra vez! Só queria que soubesses disso! Queria, também, que soubesses o quanto você é importante para mim e o quanto a amei, tendo sido você a alma mais preciosa de minha alma! 

Ficam as mais preciosas lembranças de um tempo feliz, da maior felicidade que tive em toda a minha existência, um tempo de paz, que deixou marcas em mim, para toda a eternidade. Fica, também, a esperança, ainda que seja a mais pálida e remota esperança de que, um dia, nossas vidas voltem a se cruzar e você me aceite e me ame com o mesmo amor com o qual a amei, um dia, e eu consiga a paz que tanto sonhei e pela qual tanto lutei! 

São as mais caras lembranças de um tempo de paz em minha vida, que me sustentam e me dão forças para continuar a dura caminhada rumo à evolução maior! Amo-te Rubia! Você é a minha maior inspiração e a maior motivação para continuar a viver, por você!

Hélio dos Santos Pessoa

03/10/2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

PÉTALAS AO VENTO - POR MARCOS ALDERICO






PÉTALAS AO VENTO


Em quantas madrugadas permeadas de inquietude
Fiz-me repleto de silêncio e dor
Atazanado pela ausência angustiante
Dos dias em que vivemos o nosso amor?

Por quantos sinais vermelhos já passei?
Não por faltar-me responsabilidade
Antes que fora pelo fato de lembrar-me
Das torpes palavras ditas pela boca
Insana daquela que muito amei.

Quantas vezes fiz-me aos berros ser ouvido
Já que se calou para mim a voz
Que gritou para o mundo todo
Coisas que hoje se agonizam
Sem força suficiente para serem sequer
Mero gemido?

Nem mesmo as musas que o meu peito inventa,
Nem mesmo a sensatez que me falta
Ou o frio que me atormenta,

Nem o olhar quando se encontra perdido no tempo
Nada me faz aceitar
Mas tudo me faz entender
Que o passado quando se faz presente
É como pétalas ao vento...


Marcos Alderico

14/06/2004

17:04h





sexta-feira, 9 de novembro de 2012

MEU DOCE MISTÉRIO








MEU DOCE MISTÉRIO

Rubia!
Ontem foi um sonho, o sonho mais lindo que um ser humano possa sonhar!
Você foi a minha ressurreição, quando a minha alma se encontrava no abismo da morte!
Você foi a minha esperança, quando eu me encontrava no mais pavoroso desespero!
Você foi a minha força, quando eu estava demasiado fraco!
Você foi a minha maior alegria, quando tudo à minha volta se resumia num oceano de tristezas!
Você foi a minha maior inspiração, quando tudo à minha volta era cinza, frio e escuro!
Você foi o sonho dourado e divino da minha vida e, acordar desse sonho, significa simplesmente o maior pesadelo da minha existência e o abismo do nada, um vazio que nada, nada poderá preencher!

Rubia!
Eu a amei, um dia, mais que a minha própria vida, sendo você, a metade perfeita de minha própria alma! Você, Rubia, minha doce Rubinha, era tudo pra mim; minha vida, meus sonhos, meu maior projeto, meu mundo, meu tudo!

Olha Rubia, eu sei que, num passado longínquo, poético e marcado pelos sonhos de amor, eu amei alguém, que a minha profunda intuição diz ser você, amando-a com um amor que foi capaz de ir além da morte, além do tempo, além das dimensões da vida e das barreiras da evolução espiritual; um amor que atravessou os séculos e ficou guardado no mais recôndito de meu espírito, no mais profundo de minha alma!

Ah Rubia!
Teria eu imprimido a imagem desse alguém que amei mais do que o amor é capaz, no desenho que fiz, julgando ser você, desenho este que está na parede do meu quarto?
Teria eu feito a imagem desse alguém que a minha alma procura, desse alguém que é a minha verdadeira metade?

Terá sido este amor somente um sonho bom? Terá sido somente o sonho profundo de viver um grande e eterno amor, coisas de um coração extremamente poético e sonhador? Seria alguém que eu ainda não amei, mas pela qual morreria literalmente de amor, por ser o meu tipo perfeito? Impossível, pois se fosse tão somente isto, ter-se-ia apagado há muito mais tempo e jamais, jamais mesmo, teria tamanha intensidade, a ponto de desejar até mesmo a morte, por causa de tua ausência!

Rubia!
Você foi o meu doce mistério, o meu paraíso, a minha própria vida, sem a qual, resta somente a morte de metade de minha alma, quando não de toda ela! Este é um mistério do passado Rubia, estou certo disso! Como disse, certa vez, uma dupla de compositores: “diz pra mim, se é você, esse alguém que eu tanto quero. Eu preciso descobrir, se é você, meu doce mistério...” Faço destas, as minhas palavras! Você, Rubia, foi o meu
doce mistério!

Enquanto escrevo essas tristes palavras, minha pobre e desolada alma, derrama lágrimas de sangue, tamanha a dor que a dilacera! Eu preciso do teu perdão, minha linda, o mesmo perdão que o Cristo ensinou e deu o exemplo na cruz do calvário! Peço teu perdão, por possivelmente ter confundido você com outra, com a imagem que projetei!

Durante algum tempo, alimentei a profunda esperança de que és tu mesma, aquela que está na parede do meu quarto, com quem eu sonhei todas as noites! Eu preferiria a morte, a magoar-te, minha linda, ainda que sem querer! Peço-te perdão por tudo isso!
Sei que a minha existência, na maior parte dela, foi marcada por negras tempestades, que varreram para longe os meus sonhos mais preciosos. E você, Rubia, foi o maior de todos os meus sonhos!

Não quero dizer-te adeus, mas até um dia, quando a corrente da evolução espiritual verdadeiramente iluminar a minha alma e libertar-me definitivamente de todas as ilusões e me transformar num Novo Homem, o qual sonhei e sonho ser para você, assim
como Krishna o é para Radha, o casal divino!

No tempo em que vivi ao seu lado, desfrutei uma felicidade conhecida apenas no paraíso celeste. Quero expressar a minha eterna gratidão por tudo de maravilhoso que você me proporcionou e representou para mim! Você foi minha doce mãezinha, minha amiga mais querida e fiel, minha irmã mais velha, cheia de sabedoria e experiências e minha namoradinha encantada! Você deixou sua marca eternamente em minha alma e eu nunca, nunca mesmo, a esquecerei, passe o tempo que passar, mesmo depois de superar a dor suprema que dilacera a minha alma, você será sempre a lembrança mais doce e feliz que eu quero ter! Em minha alma, ficarão as lembranças das fogosas tardes de outono, quando brindávamos a vida e a felicidade; as noites de luar, como que pintura de romance e as nossas canções! Cada rua que eu passar, cada praça e jardim, com suas rosas vermelhas, me trarão uma lembrança sua! Ainda que estejamos nos separando agora, não direi adeus, mas até um dia, quando nossas almas encontrar a verdadeira paz que há de nos libertar para sempre, na eterna bem-aventurança! Amo-te hoje e enquanto existir, meu eterno e grande amor!

Laroyê Rubia! Salve a minha doce Rubinha!

Helio dos Santos Pessoa

09/11/2012

 
Vídeo de autoria de Teresa Gomes, editado em seu canal do YouTube.






 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A HISTÓRIA DE RUBIA, A POMBA GIRA ROSA VERMELHA





A tarde caia lentamente. Assustada, Rubia apertou o passo quando percebeu que um homem a seguia. Era Felinto, o bêbado da cidade. Tentou entrar por ruelas estreitas para despistar seu perseguidor. No entanto, ele continuava caminhando, a poucos passos dela.
 
Rubia lançava olhares para todas as direções tentando encontrar alguém que a pudesse ajudar, mas era vão. A cidade estava deserta. Nem os moleques que costumavam correr por ali todas as tardes se faziam presentes nesse dia.
Já tinha ouvido falar das grandes bebedeiras daquele homem, porém nunca soube que ele houvesse feito mal a alguém. Mesmo assim, a respiração pesada que ouvia, vinda dele, a cada passo que dava, deixava-a apavorada e insegura quanto ao motivo daquela perseguição.


Nunca saia sozinha. Aos dezessete anos, era uma moça de rara beleza e seus irmãos mais velhos nunca permitiam que fosse às ruas sem ter, ao menos um deles, como acompanhante. Nessa tarde escapara da vigilância cerrada e fora ao campo respirar um pouco de ar puro. Ao retornar, satisfeita por ter fugido um pouco da rotina, percebera os passos de Felinto e seu coração gelou. Havia algo de muito errado naquela atitude. Agora já estava correndo. Ele corria também. As mãos fortes do homem agarraram-na e uma delas imediatamente cobriu-lhe a boca.
A mão livre corria pelo seu corpo. Ela já não tinha dúvida quanto ao interesse que despertara. Freneticamente tenta se livrar, mas ele é muito forte. Uma dor aguda anuncia que chegara ao fim. Aquele infeliz tomara sua virgindade à força. 


Com os olhos nublados
pelo ódio vê o homem levantar-se com um sorriso cínico dirigido a ela. Num relance, percebe, perto de si, uma grande pedra pontiaguda. Com rapidez se ergue já com a pedra na mão. Felinto está de costas, absorvido na tarefa de fechar a calça. Sem titubear, ela atinge sua cabeça com um golpe certeiro. Surpreso, o homem se vira. O sangue corre pelo seu rosto. Tomado de ódio e dor, agarra Rubia novamente e aperta-lhe o pescoço com extrema violência. Caem ambos por terra. A moça ainda vê a morte passar pelos olhos do homem, antes de também exalar o último suspiro.


O caminhar do espírito de Rubia, por vales sombrios, foi longo e doloroso. De outras encarnações trazia pesada carga. O assassinato de Felinto só fez aumentar, seu período de sofrimento em busca de conhecimento e luz. 


Hoje, em nossos terreiros, se chama Rosa Vermelha, a pomba-gira dos grandes amores. Discreta e bela, sua incorporação encanta a todos que a conhecem.

Laroiê Rubia! Laroyê divina moça! Salve a tua banda, salve a tua força!


DE VOLTA AO PASSADO DE SONHOS











DE VOLTA AO PASSADO DE SONHOS

Numa tarde de outono, à suave carícia da brisa, nas asas da saudade, viajo ao longínquo passado poético, numa vila da antiga Espanha, com suas vielas de pedra e flores nas janelas das casas.

Tudo isto faz minha emoção transbordar e meu coração bater, descompassado de amor, 
de incontida saudade de um anjo em forma de menina, que meu coração enfeitiçou.
Caminho pelas ruas estreitas, calçadas de pedras e cada esquina, me traz uma lembrança sua!

Cenas muito fortes, uma vida inteira se desenrola na tela de minha mente e as emoções se exteriorizam em densas lágrimas! Rubia, a menina tão querida da Espanha, a alma tão amada de todos, desabrochara em flor, uma linda rosa, a mais linda que o mundo já viu, exalando seu doce perfume de amor.

Caminho por essas ruas, recordo o tempo de paz, aquele tempo feliz, dos jardins de minha existência, nos quais ela era a mais bela flor, mais formosa, com todo esplendor.
Lembro-me com estasiada saudade, dos namoros no portão dessa mesma rua, nas tardes mágicas, do primeiro beijo que selou nossas almas, antes do sol se por!

Caminho pela rua, sem rumo certo, revivendo em minh'alma cada cena desse passado, 
Na face, as dores da profunda e incontida saudade, escorrem em lágrimas, qual gotas de cristal, a testemunhar um tempo de sonhos, um tempo que não volta nunca mais, mas que deixou sua marca na história, naquele por de sol, no qual um jovem amou uma moça, amando-a mais que sua própria existência, em algum lugar do tempo, em seu coração guardado...

Hélio dos Santos Pessoa

07/11/2012 


 
Vídeo de autoria de Italy Enya, disponível em seu canal do YouTube









 



O TEMPO TRÁS E LEVA







O TEMPO TRÁS E LEVA

O tempo trás e leva as pessoas que nos são mais caras
O tempo trás e leva para longe os nossos sonhos dourados
O tempo leva nossa vida e deixa-nos, por vezes, o abismo da morte
O tempo trás alegrias, em forma de pessoas que marcam nossas vidas
O tempo mesmo, leva essas almas incríveis, como você, Rubia!
O tempo levou você, meu grande e único amor, deixando a mais profunda dor da saudade!
O tempo leva tudo! Mas há uma coisa que nem mesmo o tempo poderá levar, que é o meu eterno amor por você, enquanto eu existir e tiver memória, pois o tempo jamais conseguirá penetrar em minha alma e levar você de dentro dela! Carregarei você Rubia, a sua lembrança, enquanto existir, pelos séculos dos séculos, na esperança de que, um dia, nossas almas se reunirão novamente, para toda a eternidade, na paz que não terá fim, onde o tempo não tem tempo, pois não existirá...


Hélio dos Santos Pessoa

07/11/2012

sábado, 3 de novembro de 2012

UMA AMIGA MAIS QUE ESPECIAL






UMA AMIGA MAIS QUE ESPECIAL

Em toda noite de luar há um mistério, uma divina magia, com toque especial de poesia, como se reportasse aos tempos poéticos do amor!

Tão logo cai a noite alegre, cheia de sonhos e aventuras, uma moça de rara beleza caminha suavemente pelas ruas, trazendo encantos e doçura, esperanças e paz! Onde há pessoas infelizes, lá está ela, a trazer consolo e lenitivos para as dores mais atrozes e sofrimentos alheios, como uma fada madrinha, de ternura e encantos mil, um verdadeiro anjo de consolação!

Trás na alma a sabedoria, a compaixão, a bondade, frutos de sua aprendizagem com as experiências do passado, de um passado triste, mas ao mesmo tempo, poético e cheio de sonhos!

Sim, esta nobre moça, de mil predicados, enxuga as lágrimas dos desesperados, traz paz aos corações, renova alegrias e é a força e proteção dos fracos e oprimidos! À noite lá está ela, com seu largo e doce sorriso e, com sua divina magia, ampara a todos, sem distinção alguma! Faz renascer a esperança, onde só há desespero; faz sua luz cintilante brilhar nas trevas, como um grande farol, a iluminar a estrada escura dos que se encontram momentaneamente perdidos; trás de volta o significado da vida, onde só havia a morte! Sim, ela é a guardiã tão amada, tão esperada, como quem, na noite escura, espera pelo amanhecer, tão querida por todos que conhecem seus trabalhos! Quem é ela? Ela é a Guardiã Pomba Gira, uma amiga mais que especial!

Laroyê Senhora Pomba Gira!

Salve todas as verdadeiras Pomba Giras!

10/07/2012

UM MISTÉRIO NAS NOITES DE LUAR





UM MISTÉRIO NAS NOITES DE LUAR

Cai a noite, mágica, com estrelas bordadas de prata e a lua cheia, cintilante e um doce mistério do passado se manifesta, com um toque especial de romantismo e sonhos! As ruas iluminadas alegram a noite e, numa esquina, uma moça de rara beleza e sorriso encantador, chama a atenção de quem a pode contemplar. Essa moça trás na alma profundas experiências e grande sabedoria. Seu passado de profundas dores, seu longo caminhar por vales sombrios em busca de luz e conhecimentos, transformaram-na no anjo de misericórdia e consolação que é hoje. Profunda conhecedora das trevas da mente, trás no coração grande clemência pelo sofrimento da humanidade!

Sim, esta moça é um verdadeiro anjo de paz e consolo, para aqueles que não tem esperança alguma, para aqueles que experimentam a mais cruel de todas as mortes; a morte do espírito. Vai caminhando pelas ruas, consolando os aflitos, trazendo-lhes paz e prometendo-lhes altos destinos, um dia. Aconselha-os a manterem a profunda resignação e a esperança. Ela sabe que, um dia, as coisas serão muito diferentes e que, por mais negra e assustadora seja a noite, o sol da esperança irá despontar, num novo dia!

Vai entrando num lar infeliz, assediado por sombras nefastas. A presença de sua luz, é como um farol para aqueles que se encontram na mais negra escuridão. Ela luta com essas sombras, esses fantasmas e vence-os todos, com sua força! Esta moça encantadora, protege os lares, as famílias, as instituições e ainda resgata centenas de almas que já têm o mérito de serem resgatadas! Conhecedora da mais negra escuridão dessa vida, das mais terríveis aflições e desesperos que um ser humano possa conhecer, ela tem o remédio certo para as dores e aflições das humanas criaturas, suas irmãs! Sim, essa moça de brilho incomum, de encantos e doçuras, já enfrentou os mais horríveis pesadelos, tendo, uma vez, caminhado por vales tenebrosos e conhecido todas as mazelas das almas infelizes e obscuras. Ela venceu tudo isto, venceu a própria escuridão e hoje, se tornou a Guardiã dos infelizes, dos perdidos, para resgatá-los, um dia, e eleva-los à uma condição milhares de vezes superior, elevando moralmente suas almas e encaminhando-as aos mais altos planos espirituais! Sim, essa moça maravilhosa, é uma guerreira de Deus, a serviço do bem, da caridade, da compaixão!

Dizem que quando ela chega às zonas mais escuras que existem, onde imperam o pranto e o desespero, as almas perdidas que lá se encontram, contemplam sua luz como um raio de grande esperança, como um sol que brilha na noite escura! Sim, essa moça é como uma fada madrinha, uma verdadeira mãe daqueles que não tem mais esperança alguma e ela faz renascer neles a esperança! Perguntar-me-eis, por certo: “Quem é esta moça maravilhosa, este anjo precioso, que mais se parece uma fada dos contos infantis?” Essa nobre e dedicada moça, é a Pomba Gira, a amiga mais que especial, amiga querida de todas as horas, a alma mais preciosa e, de todos, a mais sublime esperança, para aqueles que se encontram nas trevas!

Laroyê Pomba Gira! Salve sua banda, salve sua força!


Hélio dos Santos Pessoa

24/09/2012

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

SOMBRAS DE UM HOMEM









SOMBRAS DE UM HOMEM

Pelas ruas de inverno, tristes, escuras e cinzentas, vem vindo alguém! Uma triste sombra do passado, que carrega uma alma morta e terríveis aflições em sua mente profundamente perturbada pelas tempestades as quais vivera! Trás, também, profunda agonia e a insuportável dor da saudade, de um tempo de glórias e paz em sua vida, ainda que este tempo tenha sido tão breve como a primavera! Do que restou de sua alma infeliz, trás na memória um rosto, de alguém que ele amou no passado; Rubia! Sim, esta pobre alma não passa de uma triste sombra de um homem que, mesmo em sua condição deplorável, mesmo em sua imperfeição, amou a bela, a jovem, a encantadora Rubia, mais que sua própria vida!


Em sua mente terrivelmente sofrida, pensamentos surgiam:

Como encarar a cruel e sádica realidade, quando a ilusão de um grande amor se desfaz?

Como esperar que a alma continue a viver, quando sua vida, que é sua metade, é arrancada dessa mesma alma, pelas violentas tempestades da vida?

Como não sucumbir à mais negra escuridão dessa vida, se não se pode mais divisar a mais sublime luz do coração, o ser tão amado, que era a estrela guia de sua vida?

Como enxergar um novo dia, uma nova manhã, uma nova primavera, se não mais podemos contemplar o sol precioso de nossa vida e a mais bela flor de nosso jardim?

Não! Esta é a morte de uma considerável parte da alma humana, quando não é a morte de toda a alma!

O que mais consumia sua alma no fogo da dor, era imaginar que magoou aquela a quem mais amou nesta vida, mesmo sem a menor intenção disso, por causa de seus profundos condicionamentos mentais, das obsessões e da violenta tempestade emocional que teve que enfrentar em sua vida!

Se há alguma faísca de esperança em sua alma apagada, nem que seja apenas o perdão dela, para que ele tenha paz, só mesmo o futuro poderá responder! Se é realmente verdade que o amor é a força maior da vida, força esta que une os amantes para sempre, mesmo no esquecimento temporário dos ciclos da vida, ele brilha vitorioso, na intuição, na certeza de um reencontro, no qual, todas as barreiras a ele serão vencidas. O verdadeiro amor renasce das cinzas da destruição, como a ave Fênix!

Pelas ruas de inverno, surge um vulto do passado, a triste sombra de um homem que amou uma moça mais que a sua própria vida, cujo rosto, carrega na memória, para sempre!

Hélio dos Santos Pessoa

30/05/2012


 




Vídeo de autoria de Angel, disponível em seu canal do YouTube